quinta-feira, 30 de julho de 2009

RETRATO DA CONTRADIÇÃO

Fartura de grãos contrasta com precariedade de políticas sociais
Parte final da reportagem sobre Campos Lindos (TO) destrincha as dificuldades e as marcas da indigência no cotidiano da "população comum" e apresenta iniciativa dos próprios produtores familiares para enfrentar exclusão social

Por Maurício Hashizume e Jane Cavalcante

Confira o Capítulo 1 do Especial:
Município do Tocantins lidera ranking de soja e de pobreza

Campos Lindos (TO) - A propaganda do agronegócio associa a expansão acelerada da soja à prosperidade. Os problemas são os fatos, que não escondem os problemas socioambientais vinculados à atividade. Uma dessas chagas atende pelo nome de Projeto Agrícola Campos Lindos, no Nordeste do Tocantins, a 491 km da capital Palmas (TO). O empreendimento, que este ano completou uma década e exporta milhares de toneladas do grão todos os anos, é resultado de dois contestados processos de "titulação" pública, não teve licença ambiental para se instalar, foi palco de trabalho escravo e desalojou famílias tradicionais que padecem com índices vergonhosos de pobreza.

A Repórter Brasil preparou duas reportagens especiais que recuperam o processo de gênese do lucrativo negócio numa das áreas mais privilegiadas do Cerrado e revelam as consequências nada reluzentes para quem está no andar de baixo. O primeiro capítulo trata da formação do Projeto Agrícola Campos Lindos - marcado pela aguda intervenção do ex-governador Siqueira Campos (PSDB), pelo beneficiamento privado dos "amigos do rei" e pela postura polêmica de órgãos públicos que deveriam zelar pelo interesse coletivo. Esta parte final destrincha as marcas da indigência no cotidiano da "população comum" do município mais pobre do país - segundo o Mapa da Pobreza e da Desigualdade, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - e apresenta a Escola Família Agrícola (EFA), iniciativa das famílias de pequenos produtores que busca inverter a lógica de exclusão social.

Capítulo 2) Condenados à pobreza
Cada copo de canjica tirado da panela quente de Lucinda Campos Rodrigues é vendido por R$ 1. Essa é uma das fontes de renda da ex-trabalhadora rural, que se transferiu para o núcleo urbano de Campos Lindos (TO) após deixar a zona rural em 2001 - quando perdeu o marido e a soja de larga escala passou a tomar conta das paisagens de Cerrado da localidade.

Com o dinheiro da canjica e as transferências do Bolsa Família, Lucinda, de 47 anos, mantém nove crianças (quatro filhos dela mesma em idade escolar, três netos e mais dois sobrinhos que também vieram do campo para a cidade). A mudança para o núcleo urbano foi determinada pela questão da educação das crianças. "Lá na roça não tem mais estudo para os meninos. Não quero soltar os filhos na rua sem ter quem cuide".

Ela é mãe de oito, e os quatro mais velhos já não vivem mais com ela. Um deles, aliás, ajuda a mãe trabalhando como diarista em fazendas de soja, mais especificamente na catação extenuante de raízes antes do cultivo propriamente dito. Há sucessivos casos de flagrante de trabalho escravo justamente nesta fase de produção do grão mais exportado pelo país.

A forma como Lucinda foi levada a abrir mão do terreno rural que sua família ocupava há décadas ilustra as dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores. Quando ficou viúva, em 2001, nenhum dos filhos tinha idade para trabalhar. Ela então pegou uma roça de arroz do vizinho, colheu tudo e ficou com parte para garantir a sobrevivência da prole. Mas o grande sonho sempre foi conseguir o título da terra em que viviam. O esposo tinha a documentação da área, mas como eles só eram casados apenas no religioso, e não no civil, ela, que é analfabeta e nunca teve recursos de sobra, enfrentou uma peregrinação para tentar obter o registro.


Maioria da população de Canpos Lindos (TO) conhece bem a pobreza (Foto: Jane Cavalcante)
"Depois que ele morreu, chegou uma cobrança de R$ 55 do documento da terra. A minha mãe me deu R$ 50 e o meu sogro me deu R$ 5. Nós mandamos aquele dinheiro e vieram para entregar os títulos. Quando chamaram João Miranda da Silva, nome do meu marido, logo completaram que era falecido", conta. Segundo Lucinda, os responsáveis disseram a ela que não poderiam entregar o título de imediato e pediram para que ela tirasse cópias dos documentos dela, do marido e dos filhos (todos registrados com o nome do pai) a fim de que a troca de nomes pudesse ser feita. A papelada foi entregue no ato e pediram para que ela fizesse uma procuração em nome de um conhecido, para que ele pudesse buscar o título na capital Palmas (TO).

"Nós passamos a declaração para um conhecido nosso chamado Moisés, que foi vereador. Nós votamos nele: era de confiança. Ele disse que era preciso pagar mais R$ 600 para trazer o titulo. Foi então que meu filho - que ainda era pequeno, mas já trabalhava - conversou com o patrão e arrumou um cheque de R$ 500 e mais R$ 100 em dinheiro. Depois de duas semanas, o senhor Moisés retornou informando que o titulo só poderia ser entregue pessoalmente ao dono. Nós já estávamos com muitas necessidades e pegamos o dinheiro para comprar coisa de comer", declara Lucinda, que não conseguiu sair para buscar o titulo da terra em seu nome. "E até hoje está assim", lamenta.

Nascida e criada na comunidade Mateiro (da Serra do Centro, hoje um dos principais pólos da soja do Tocantins), Rosa Moreira da Silva, 55 anos, vive há oito anos na cidade. Dos três filhos, dois se casaram, e apenas um deles, solteiro, ainda mora com ela, junto com a neta de 5 anos de idade. Rosa não esquece, porém, da pressão que ela e sua família sofreram para vender a pequena propriedade de 50 hectares por R$ 3 mil.

Um dos beneficiados pelo processo de "titulação pública" controversa do governo Siqueira Campos para a instalação do Projeto Agrícola Campos Lindos, Mauro Ferreira de Freitas, o Maurinho [parceiro da multinacional Bunge, que não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem (leia abaixo)], insistia pela saída dos moradores mais antigos do local. "O fazendeiro ameaçava derrubar a casa de trator e o meu marido não era mesmo de briga. Ele resolveu que era melhor sairmos de lá. Mas eu achava que lá era melhor. Plantava minha roça e tirava o que comer. Aqui não tem onde plantar nada. Lá só era ruim porque não tinha escola perto para os meninos estudarem".


Cópia da decisão de interdito pribitório emitido
pela Comarca de Goiatins (TO) (Foto: Reprodução)
Mesmo mais próximos dos bancos escolares, os filhos de Rosa não puderam concluir nem o ensino fundamental. Os três também trabalham ganhando diárias nas fazendas de soja, em empreitadas temporárias e sem carteira assinada. Eles são mais um exemplo da falta de perspectivas para os jovens de Campos Lindos (TO). Maria do Carmo da Trindade Torres trabalhou como merendeira numa escola pública rural. Ela afirma que, antes, intercalava-se períodos de um ou dois anos no trabalho de roça para guardar recursos e depois vinha um ano mais dedicado aos estudos das crianças.

"O ensino melhorou, mas as condições não permitem que os alunos avancem além do ensino médio porque não dá para estudar fora. Para aqueles que terminam o segundo grau e não têm amizade para pegar um emprego na prefeitura, só restam as fazendas de soja, para dirigir trator ou catar raiz", resume Maria do Carmo.

Fiscalização do grupo móvel composto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Polícia Federal (PF) encontrou 61 trabalhadores em condições análogas à escravidão na Fazenda Campos Lindos, de propriedade de Paulo Alberto Fachin. Os trabalhadores catavam raízes no preparo do solo para plantio de soja e faziam serviços gerais, como tratorista, mecânico etc. Eles foram aliciados em Balsas (MA) pelo "gato" (intermediário de empreitadas) Firmino Ferreira Feitosa, conhecido como "Bina", e pelo gerente da fazenda, Ricardo Longui.

Os trabalhadores estavam alojados em três barracos de palha na fazenda e em casas precárias na cidade. Nos barracos, não havia vaso sanitário nem chuveiro. O "banheiro" era um cercado de madeira e lona com um buraco. O banho era tomado em córregos. Os alojados na fazenda trabalhavam das 6h às 17h. Os da cidade pegavam o ônibus às 4h e só voltavam às 19h. O recebimento era por produção e o horário de almoço era curto, pois os trabalhadores preferiam não interromper o trabalho e produzir mais para aumentar seus ganhos. Eles descansavam uma vez a cada quinzena, em vez da pausa semanal. Também não havia água potável nas frentes de trabalho. O MPT ajuizou ação contra Paulo Alberto Fachin, "Bina" e Ricardo. O processo administrativo relativo às infrações encontradas na fazenda corre no MTE.

Incentivo a pequenos?
De acordo com dados do IBGE, Campos Lindos (TO) tem 7,6 mil habitantes e uma área de 3,2 mil km². A maior parte dos migrantes que chegaram de outras partes desde a emancipação efetiva (há 16 anos) vieram atraídos pelas promessas de emprego na sojicultura. O núcleo urbano conta hoje com uma única escola municipal de ensino fundamental e outra solitária instituição estadual de ensino fundamental e médio. Não há creches. O Mapa da Pobreza e da Desigualdade 2003, divulgado no final do ano passado pelo mesmo IBGE, posiciona Campos Lindos (TO) como o município com maior porcentagem de pobres (84%) de todo o país.


Prefeito declara ajuda a pequenos, mas ações vão na contramão das palavras (Foto: Jane Cavalcante)
O atual prefeito, Jorlênio Menezes Santos (PMDB), foi vice-prefeito na administração passada. Em entrevista à Repórter Brasil, ele admite que a questão fundiária permanece como um entrave não resolvido e demonstra apostar, ao menos em discurso, no estímulo à agricultura familiar - tão pressionada pela expansão da soja no município - para reduzir os níveis extremos de desigualdade social.

"Campos Lindos é um município produtor, muito rico, mas tem uma população muito pobre. A explicação lógica para isso é que você tem uma renda concentrada em poucas pessoas, na minoria. E a grande maioria é formada de pessoas pobres", diagnostica Jorlênio. A melhor maneira de mudar essa realidade, segundo ele, é o "incentivo à produção das pequenas propriedades". "Estamos trabalhando para viabilizar o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] e procurando uma parceria com o governo estadual para criar uma infraestrutura de estradas vicinais que favoreçam o pequeno produtor".

Quanto ao tema da educação, Jorlênio afirma que está buscando apoio aos jovens que completam o ensino médio por meio do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Trata-se de cursos à distância a partir da demanda dos alunos de cada região por meio de parceria entre os entes federativos. Cabe ao município arcar com a estrutura física para as aulas, que foi prometida pelo prefeito. "A questão da falta de perspectiva para os jovens está ligada à divulgação do potencial que temos aqui para atrair empresas. O município já está com uma folha de pagamento bem inchada e não tem condição de expandir muito essa margem de emprego. Temos que incentivar o comércio, fazendo aquisição do que se produz localmente e gerando empregos, de todas as formas possíveis, aqui dentro da cidade".

Sobre os empregos gerados pelo agronegócio da soja, o prefeito explica que, na época de colheita, parte da mão-de-obra local é absorvida em caráter temporário (aproximadamente 90 dias). A grande maioria dos empregos fixos mais qualificados, contudo, é exercida por pessoas de outras regiões. Por causa desse quadro, Jorlênio diz buscar parcerias com produtores para qualificar campolindenses para esses postos melhores.

Um dos grandes benefícios reais aos moradores da multiplicação acelerada dos campos de soja, na opinião do mandatário local, é a estrada de asfalto que liga o município a Araguaína (TO). "Medidas compensatórias" dos grandes produtores para atendimento dos produtores familiares ainda não foram executadas, confirma Jorlênio. "Até agora, o único tipo de ajuda que eles [agricultores familiares] tiveram foi o Pronaf, que está começando a chegar. Mas não houve nenhuma iniciativa mais específica voltada pra eles. Foi um grande erro do Projeto Agrícola Campos Lindos".


Poder público local e empresas usam evento anual para promover cultivo de soja (Foto: Reprodução)
Enquanto o prefeito tenta propagar o discurso em defesa da pequena produção, o Executivo municipal continua, paradoxalmente, promovendo a soja. De 26 a 28 de junho, a prefeitura foi responsável pela realização da 7ª edição anual da Festa da Soja, que contou com colaboradores de peso como a empresa Vale - presente na região, Porto Franco (MA), por meio da Ferrovia Norte-Sul, um dos canais de escoamento da produção de soja -, a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), ligada ao governo estadual, e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Tocantins (Faet) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

A programação da Festa da Soja inclui palestras técnicas, oficinas, shows e atividades culturais. Parte da chamada "Área Verde" do município é reservada para estandes de máquinas, equipamentos e produtos ligados ao cultivo da soja. Além dos expositores privados, bancos públicos também marcam presença no evento.

Na avaliação de João Benício Cardoso - presidente da Associação dos Plantadores do Alto Tocantins (Planalto), que reúne 49 produtores do Projeto Agrícola Campos Lindos, a Festa da Soja deveria incentivar ainda mais o agronegócio empresarial e a participação qualitativa em termos econômicos "está muito abaixo do que se espera". Ele condena o "caráter político e de festa popular" do evento e cobra mais organização da prefeitura.

Com veneno e sem remédio
A década de 1950 ainda despertava quando o agricultor Cícero Miranda da Silva, 64 anos, veio do Maranhão para a Serra do Centro, em Campos Lindos (TO). Proprietário de 26 hectares de terra titulada, Cícero continua tocando a roça de toco que contribui para a sua subsistência. Ele reclama que, com a instalação do megaprojeto do agronegócio de soja, as casas "ficaram muito próximas das plantações de soja e eles jogam muito veneno".

Dois genros do agricultor aposentado trabalham na soja: são motoristas de máquinas que aplicam agrotóxicos. Mesmo com as carteiras assinadas, eles não recebem todos os direitos trabalhistas - como o seguro-desemprego -, pois assinam compromissos temporários de menos de 60 dias. Cícero calcula que os contratados ficam com uma porcentagem ínfima da produção. "Tenho um filho que fez uma casinha e um pomar numa terra que fica depois da minha e das terras do Projeto Agrícola. Nós achávamos que era terra devoluta, mas agora ouvimos uma conversa de que é área de Reserva Legal em condomínio".

Uma análise dos mapas do Projeto Agrícola Campos Lindos (veja mapa abaixo: em laranja, a área plantada de soja) permite visualizar o "cercamento" das áreas tituladas de posseiros (em roxo) pelas demarcações apontadas como Reserva Legal em condomínio (em verde) da Associação Planalto. Essas últimas áreas não preenchem inteiramente, mesmo que somadas, a exigência de manutenção de pelo menos 35% da área florestal nativa (mínimo para o bioma Cerrado) e ainda estão flagrantemente sobrepostas a Áreas de Proteção Permanente (APPs), como matas ciliares e entornos das nascentes.



Imagem ao alto mostra posses que "desaparecem" como área de Reserva Legal (Foto: Reprodução)

A área de fundo do lote 29 do Projeto Agrícola , em particular, vem sendo objeto de disputa judicial. A Comarca de Goiatins (GO) chegou a emitir um interdito proibitório - que chegou a ser confundido com liminar de reintegração de posse, mas depois houve restauração dentro do próprio Judiciário.

Para Raimundo Marcelo Lima, que tem 39 anos de Serra do Centro e quatro filhos, o principal impacto da chegada da soja foi "o veneno das plantações que corre para as águas". Ele se mostra preocupado por não saber ao certo qual é o nível de contaminação. "O que sabemos é da destruição de peixes e animais. Sem falar no ar que respiramos, que não vem saudável".

Raimundo e sua esposa estudaram até a 5ª série e a base de sustento da família consiste na agricultura familiar. Ele conta que só não foi expulso porque, antes disso, pequenos produtores resistiram junto com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) local e outras entidades de apoio como a Comissão Pastoral da Terra (CPT). "Tivemos ajuda até do exterior e foi reforçando a luta pela permanência na terra", relata o agricultor.

"O governo queria despejar todo mundo. Porém, isso não chegou a acontecer", complementa Raimundo, que afirma ter sido ameaçado em meados da década de 1990. "Agora temos documentos em mãos desde 2000. A situação foi regularizada e, de lá para cá, não sofremos mais ameaças de interrupção da terra". Mas muita gente abandonou a roça. Raimundo Dias Barbosa, aposentado de 80 anos, deixou o pedaço de terra de 53 hectares e foi morar com o neto numa área de cinco hectares que fica a 2km da cidade. "Nós estamos passando necessidade. Lá não gastava tanto. Tenho muita saudade".


Irmã Ilda fornece fórmulas naturais emergenciais a doentes desassistidos (Foto: Jane Cavalcante)
Mesmo algumas das facilidades dos núcleos urbanos, como o atendimento de saúde, não estão disponíveis aos moradores da cidade de Campos Lindos (TO). Existe apenas um precário posto de saúde na área central, chamado pelos moradores de "hospital". Dois clínicos gerais, dentistas e técnicos em enfermagem eventualmente atendem na unidade. Os médicos, por exemplo, examinam pacientes apenas durante dez dias do mês. O "hospital" não tem estrutura para partos ou cirurgias, laboratório ou leitos. Quando o atendimento requer qualquer cuidado extra, os enfermos são levados para Goiatins (TO) ou Araguaína (TO) nas duas ambulâncias municipais.

"Não há remédios. Nem sequer os mais simples contra vermes", descreve Irmã Ilda Maria de Oliveira, que chegou a auxiliar no posto médico durante o ano passado. Segundo ela, a situação vem piorando a cada dia e as autoridades se justificam dizendo que a crise na saúde não afeta apenas o município do Nordeste do Tocantins, mas o país inteiro.

Desamparados, os moradores vão até a casa de Irmã Ilda em busca dos compostos caseiros que ela prepara a partir de itens da natureza. Três a quatro pessoas por dia batem na porta da religiosa atrás das fórmulas e das massagens, pois a maioria não tem como comprar medicamentos na farmácia e há quem prefira produtos naturais. Ela diz ajudar apenas em caráter de emergência e de prevenção. "Sempre oriento a todos: vocês não podem deixar de buscar e de cobrar assistência médica especializada", completa.

"A situação aqui é muito difícil", enfatiza Irmã Ilda. Quem pode, conta ela, não pensa duas vezes em mudar para Balsas (MA) ou Araguaína (TO). Na localidade do interior, a cobiça econômica está muito presente, mas, conforme definição da religiosa, "não se vê o cuidado com a saúde". Grande parte dos problemas de saúde que acometem a população local está relacionada à falta de saneamento básico e à desnutrição. "Quem vem para cá, vem atrás do dinheiro. Os filhos daqui não recebem os benefícios que deveriam receber".


Último parecer oficial do Naturatins, em 2007, apontou série de pendências (Foto: Reprodução)
Cidade que não existe
Para João Benício Cardoso, da Associação Planalto, a prefeitura é a principal responsável pela falta de estrutura básica. "A cidade nem existe de verdade porque não é regularizada. Ninguém aqui tem documento de imóveis urbanos", ataca o sojeiro. Para viabilizar o ordenamento legal, o fazendeiro sugere que o prefeito elabore estudos de impacto socioambiental relacionados ao perímetro urbano - medida preventiva que os próprios produtores não tomaram antes de começar a plantar soja no Projeto Agrícola Campos Lindos.

A partir de levantamentos técnicos, João Benício sugere ainda que o poder municipal construa uma rede de coleta e tratamento de esgoto e faça funcionar um sistema de coleta de lixo. "É uma demanda que o poder público municipal até agora não se dispôs a assumir".

Mesmo com todas os problemas apontados nos processos de "titulação pública" e de averbação das áreas de Reserva Legal, o presidente da associação insiste na tese de que "tudo está regularizado". O fato é que o último parecer oficial elaborado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) em 2007 é taxativo no sentido de que os documentos apresentados pelos sojeiros "não atenderam satisfatoriamente às exigências". João Benício responde que eles estão cumprindo o que foi previsto no tardio Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Em complemento, ele declara que 12 Projetos Básicos Ambientais (PBAs) já foram protocolados junto ao Naturatins. "Na área da saúde, já está sendo feito um monitoramento das águas de toda a bacia. Estão sendo analisadas periodicamente amostras de água de todos os rios por uma engenheira agrônoma que é funcionária da associação", coloca José Benício. A promessa é que os PBAs sejam desenvolvidos em espaço que está sendo construído pela entidade. "Nossos projetos atuarão em setores como educação e saúde, em parceria com o poder público. Vamos proporcionar treinamentos periódicos para que os pequenos produtores continuem produzindo. Em parceria com a Adapec, criaremos um posto de coleta para embalagens de agrotóxicos e enviaremos os materiais com segurança às centrais de recebimento, que ficam distantes: em Araguaína (TO), Dianópolis (TO) e Pedro Afonso (TO)".

Nem todos os moradores de Campos Lindos (TO) utilizam a água tratada e a energia elétrica porque não tem dinheiro para pagar as tarifas cobradas. De acordo com o secretário de finanças, Genelito Resplandes de Morais, a arrecadação municipal chega a R$ 600 mil por ano. Segundo ele (que tem apenas 33 anos e já foi vereador em dois mandatos anteriores), a distribuição do montante segue uma ordem de prioridades: primeiro a educação, depois a saúde, e assim por diante. Genelito garante que as empresas de soja são isentas de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Governo do Estado do Tocantins. Até por isso, adiciona, a gestão estadual repassa uma pequena parcela dos outros impostos ao município.


Flagrante de queimada em 2000: prática comum
na região de Campos Lindos (TO) (Foto: MPT/TO)
A reportagem encaminhou um conjunto de perguntas para as multinacionais Bunge e Cargill sobre a atuação das empresas em Campos Lindos (TO). A Bunge, que mantém um silo de armazenamento e incentiva diversos produtores da região, preferiu não responder aos questionamentos. A Cargill, por sua vez, confirmou que está na localidade desde 2002 e que "não tem nenhum programa social específico" para a população do município.

Questionada sobre os níveis assustadores de pobreza do município do Tocantins, a empresa encaminhou a seguinte resposta. "Um dos principais objetivos da Cargill em ser pioneira em vários lugares do Brasil é aumentar a riqueza daquele lugar. Vimos isso acontecer em várias cidades do Mato Grosso e Goiás. O principal problema em cidades como Campos Lindos é que a maioria dos produtores não mora no município e, com isso, não temos o efeito multiplicador que temos visto em outras regiões".

Os dados da Cargill sobre empregos em Campos Lindos (TO) são, no mínimo, chocantes. Apenas oito funcionários fixos trabalham no suporte para a produção anual de 140 mil toneladas de soja pela Cargill. No período de safra, outros 44 são contratados. A empresa refuta as informações do secretário municipal Genelito e alega que não recebe nenhum tipo de benefício fiscal (federal, estadual ou municipal) e não dispõe de financiamentos públicos. A companhia relata ainda que as licenças ambientais até a safra de 2008 estavam regularizadas. Em outubro de 2008, o Naturatins encaminhou novas exigências.

Escola Família Agrícola
A experiência de Raimundo Ribeiro da Silva, 51 anos, mostra com crueza a relação desses empreendimentos de soja com a população local. Ele chegou a trabalhar no Projeto Agrícola Campos Lindos. "Os trabalhadores ganham R$ 25 na diária para plantação. Na colheita, é só R$ 20 a diária. O horário de serviço é muito puxado, começa 3h ou 4h da manhã e só vai descansar bem de noite, lá pelas 9h ou 10h da noite". Raimundo realça que, com a soja, "as frutas nativas não existem mais e os nossos animais não podem mais ser criados soltos". Ele é mais um que condena os agrotóxicos. "As cabeceiras dos rios ficam sujas de veneno das plantações de soja. Esses venenos são colocados de oito em oito dias. Quando não é naquelas máquinas, é nos aviões".

Pai de quatro filhos, Raimundo tem duas crianças matriculadas na Escola Família Agrícola (EFA), iniciativa da própria comunidade rural de Campos Lindos (TO). Em sua horta, ele aplica técnicas de adubação orgânica, que permite o plantio da roça sem a necessidade de queimadas, tão comuns na região.

A partir da necessidade de dar estudo de qualidade para seus filhos, pequenos produtores de Campos Lindos (TO) se organizaram para criar a EFA, com apoio do STR e da CPT. O espaço para a construção da escola foi cedido pelo pai de um dos alunos. A construção do barracão foi feita em mutirão que reuniu as próprias famílias, professores e voluntários.


Alunos da Escola Família Agrícola (EFA) aprendem técnicas para "uso" cotidiano (Foto: Arquivo/CPT)

A escola adota a pedagogia da alternância e conta com uma metodologia própria com acompanhamento de um técnico agrícola. Os alunos não recebem apenas conhecimento teórico, mas têm acesso a técnicas de preparo do solo para agricultura orgânica. São conhecimentos que levam em consideração o meio em que eles vivem e que são utilizados no cotidiano das famílias.

Atualmente, a EFA mantém duas turmas de 15 estudantes. Apesar do ânimo dos participantes diante da viabilização de uma alternativa educacional, os professores e funcionários continuam enfrentando dificuldades. No início deste ano, eles ficaram meses sem receber. A prefeitura fez o pagamento, mas a quantia "encolheu" em relação ao que era pago em 2008. Professores de nível médio estavam recebendo cerca de R$ 900 (vencimento mais ajuda de custo) no ano passado e, em 2009, com Jorlênio como prefeito, ninguém (até mesmo os docentes de nível superior) recebeu mais que R$ 600 mensais.

Também não vem sendo cumprido o contrato entre o poder municipal e a associação de famílias que mantém a EFA. A prefeitura ficou encarregada de bancar o café-da-manhã e o almoço; as merendas e o jantares seriam de responsabilidade dos associados. Em duas quinzenas, a alimentação enviada pela prefeitura foi insuficiente, e as próprias famílias tiveram que arcar com os gastos complementares de alimentação.

Outro problema que ainda não foi resolvido é o da dependência. A Escola Família Agrícola ainda não foi reconhecida como unidade independente e funciona como uma extensão da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Edimar de Brito Miranda, que fica no núcleo urbano do município.

A EFA não tem autonomia e estrutura própria. A gestão escolar, o apoio pedagógico e outras questões mais burocráticas (como a emissão de boletins, transferências e certificados) estão vinculadas à instituição escolar urbana. O projeto da escola comunitária rural já foi votado pela Câmara dos Vereadores e incluído na Lei Orgânica municipal. Falta ainda o reconhecimento oficial do Ministério da Educação (MEC), com sede em Brasília (DF).

Professor da EFA, João Ramos vê esgotamento de negociação com a prefeitura. "A secretária de educação já chegou a declarar que não quer a nossa presença lá porque incomoda demais. Do jeito que está, estamos correndo o risco de não ter como segurar o próximo ano porque o município não quer dar apoio". Está marcada, para a próxima sexta-feira (7), mais uma audiência pública sobre os impactos sociais e ambientais da soja em Campos Lindos (TO).
Da Reporter Brasil

Lula novamente no Tocantins

O governador do tocantins, esteve em audiência com o presidente Lula que anunciou sua vinda ao tocantins para acompanhar o andamento e inalgurar obras no estado, sendo que a maioria faz parte do PAC. Já está previsto para o dia 06 de agosto uma visita ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Estreito, entre os estados do Maranhão e Tocantins. O governador Marcelo Miranda estará presente ao evento, que contará também com as presenças da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; e da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. com informações da secom

Salário de servidores estaduais estará disponível no sábado

Ao contrário do que informou a Secretaria da Comunicação, o salário dos servidores estará disponível no sábado, dia 1º de agosto, e não na sexta-feira, dia 31. O pagamento será encaminhado ao banco na sexta-feira e, para os servidores, a partir de sábado.

A antecipação do pagamento dos servidores foi anunciada pelo governador Marcelo Miranda na quarta-feira, 29, em Brasília, onde foi recebido em audiência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Mais uma vez estamos antecipando a folha de pagamento, demonstrando nosso compromisso com os servidores do Estado”, disse o governador. Segundo o secretário estadual da Fazenda, Marcelo Olímpio, o valor da folha deste mês de julho é de R$ 119.868.564,13.
Da secom

domingo, 26 de julho de 2009

A pura verdade

As declarações de Célio Moura, a um portal da internet, sobre a gestão do atual Prefeito é o que muita gente tinha vontade de falar e não disse, não tenho nada contra a pessoa do Prefeito, que é um cidadão simpatico, e muito bem relacionado inclusive é amigo pessoal de minha irmã, sei que o país vem saindo recentimente de uma grave, crise financeira, que os municipios perderam receita do Fundo de participação dos municipios (FPM), entretanto coisas basicas que não dependem de tanta infra - estrutura poderiam ser feitas e não foram, por exemplo uma limpeza geral na cidade, através de mutirão, que iniciou mas não foi concluido, uma operação seria de tapa buracos, que teve inicio entretanto o material era de pessima qualidade e muitas vezes eram usados pedras em substituição a massa asfaltica, um programa minimo de ações a serem desenvolvidos, uma reunião com as policias, para tratar da questão da segurança publica, estas e outras coisas simples que deveriam ser basicas, mas que não foram realizadas, esta falta de ação deixou a sensação inercia no povo, dai a cobrança natural da população que o elegeu e que esperava ações rapidas e eficazes para melhoria da sua condição de vida. reitero novamente que não tenho nada contra a vida particular do prefeito e de sua familia, mas enquanto gestor publico é natural que haja criticas não a pessoa mas ao cargo que ocupa.

Seis candidaturas disputam a presidência nacional do PT no PED 2009

Seis candidatos a presidente e nove chapas irão disputar a Direção Nacional do PT no PED 2009, que acontece em 22 de novembro deste ano. O prazo para inscrição de candidaturas terminou às 20h deste sábado (25). Confira abaixo que são os candidatos à presidência do partido e as chapas inscritas. Os nomes que compõem as chapas será divulgado após 4 de agosto, prazo final para eventuais alterações. Também nos próximos dias entrará no ar, pelo Portal do PT, uma página eletrônica especial com tudo sobre o PED.

Candidatos à presidência nacional do PT

Iriny Lopes, do Espírito Santo
Corrente Articulação de Esquerda

José Eduardo Cardozo, de São Paulo
Corrente Mensagem ao Partido

José Eduardo Dutra, de Sergipe
Corrente Construindo um Novo Brasil

Geraldo Magela Pereira, do Distrito Federal
Corrente Movimento PT

Markus Sokol, de São Paulo
Corrente O Trabalho

Serge Goulart, de Santa Catarina
Corrente Esquerda Marxista

Chapas

O Partido que Muda o Brasil
Candidato a presidente: José Eduardo Dutra

Mensagem ao Partido; Esquerda Socialista
Candidato a presidente: José Eduardo Cardozo

Movimento: Partido para Todos
Candidato a presidente: Geraldo Magela

Esquerda Socialista
Candidata a presidente: Iriny Lopes


Terra, Trabalho e Soberania
Candidato a presidente: Markus Sokol

Virar à Esquerda, Reatar com o Socialismo
Candidato a presidente: Serge Goulart

Contraponto

Movimento Popular

Partido para Todos (MG)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Concurso da Saúde acontece no domingo

Acontece neste domingo, 26, entre 9 e 13 horas, a aplicação das provas do concurso público para provimento do quadro dos profissionais da Saúde do Estado do Tocantins. O certame visa preencher 1.218 vagas, em níveis médio e superior.

As provas teórico objetivas serão realizadas nas cidades de Araguaina, Dianópolis, Guaraí, Gurupi, Palmas, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional e Tocantinópolis. As escolas onde ocorrerão as provas e seus respectivos endereços foram publicados em edital que pode ser acessado no endereço sesau.unitins.br/.

As provas têm caráter eliminatório e classificatório, com 50 questões elaboradas pela Fundação Cesgranrio, com base nos programas publicados no edital do concurso. Os candidatos deverão responder as questões e marcar o cartão de resposta com caneta esferográfica de tinta azul e feita com material transparente.

Os candidatos devem chegar uma hora antes do início das provas, portando o original do documento de identificação com foto e comprovante de inscrição em mãos. Candidata que tiver necessidade de amamentar durante a realização da prova deverá levar acompanhante, que ficará em sala reservada.

Serão reservadas 5% do total das vagas para portadores de deficiência, que em caso de aprovação passarão por avaliação médica. Também foi instituído o cadastro de reserva, que serão nomeados caso surjam vagas nas cidades para as quais se inscreveram e no tempo de validade do certame.

Fonte: Secad

Escalada de violência em Araguaina

A violencia esta tomando de conta de nossa cidade ontem por volta de meia noite mais um jovem foi assassinado, quando voltava para casa foi surpreendido por um motoqueiro que disparou em sua direção, o jovem foi conduzido ao hospital mas não resistiu, esta cena tem se repetido varias vezes nas duas ultimas semanas, a população nunca tinha visto isto acontecer antes, uma escalada de violência sem precerdentes que deixa uma sensação de insegurança publica. Cada vez mais é preciso que a policia ande ao lado da comunidade para combater a violencia desproporcional que estamos vivenciando nos ultimos dias, a policia precisa estar nas ruas de forma permanente não apenas quando ocorrer escaladas de violência como esta, para além destas ações as policias devem andar de mãos juntas para desvendar os casos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ministério divulga lista suja de empregadores que exploraram mão de obra escrava

O Ministério do Trabalho divulgou nesta quarta-feira, 22, a lista atualizada do Cadastro de Empregadores que exploram mão de obra escrava. O cadastro, chamado de lista suja, tem 174 empregadores entre pessoas físicas e jurídicas. Neste novo cadastro, 13 foram incluídos e 34 nomes foram retirados.

O maior número de ocorrências é no Pará, com 44 casos, seguido do Maranhão (29), Tocantins (20), Goiás (19), Mato Grosso do Sul (18), Bahia (13) e Mato Grosso (12). Também houve registros em Rondônia, Amazonas, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, Ceará, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre.

O assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho, Marcelo Campos, explicou que quem entra na lista perde vários direitos. “Qualquer infrator que passe a figurar no cadastro não recebe um centavo de financiamento público”, afirmou. “A sociedade civil, os consumidores e as grandes empresas têm utilizado o cadastro como referência nas suas ações comerciais. Os grandes supermercados não compram desses infratores, por exemplo.”

O cadastro é atualizado semestralmente e são incluídos na lista os nomes dos empregadores que não cabe mais recurso judicial em relação a infração de trabalho análogo ao de escravidão. São mantidos no cadastro aqueles que não quitam as multas de infração, casos de reincidência entre outros. Quem tem o nome na lista fica impossibilitado de fazer financiamento em instituições públicas e privadas.

Para que empregador tenha o seu nome excluído do cadastro, é necessário que por dois anos, contando a partir da da inclusão do nome na lista, ele tenha corrigido irregularidades identificadas durante inspeção.


Fonte: Agência Brasil

Unitins enfrenta processo de descredenciamento para oferecer educação a distância

Após ter negado o pedido de cinco dias úteis, solicitados pela Fundação Universidade do Tocantins – Unitins, para assinar o Termo de Saneamento de Deficiências e o aditivo ao Termo de Ajuste de Conduta, o Ministério da Educação (MEC) deve abrir hoje, 22, processo administrativo de descredenciamento da universidade para cursos de ensino a distância. A Unitins terá 15 dias, a contar da publicação, para recorrer da decisão.

Segundo o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, não é mais possível dilatar o prazo dado à Unitins. Em entrevista a um jornal da Capital, Bielschowsky disse que “trabalhamos intensamente para que os alunos pudessem optar por continuar na instituição ou se transferir para outra universidade”. Bielschowsky também afirmou que o período de concessão do credenciamento da Unitins venceu na segunda-feira, 20, e que a instituição deveria ter assinado o Termo de Saneamento e procurado melhorar sua qualidade.

Caso o MEC não aceite as justificativas da Unitins, a universidade terá, ainda, um prazo de 30 dias para recorrer da decisão junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A decisão administrativa final será homologada em portaria assinada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Nesse caso, a previsão é de que o descredenciamento da universidade tocantinense aconteça no mês de setembro.

Problemas
De acordo com Bielschowsky, as principais irregularidades encontradas durante o processo de supervisão, iniciado em maio de 2008, o fato de a Unitins ser pública e cobrar mensalidade, além da falta de conexão entre o corpo docente e os acadêmicos.

Outro lado
Em nota, a Unitins informou, através de sua assessoria de comunicação, que ainda não havia sido notificada oficialmente até ontem à noite. Mas, segundo a assessoria, com a publicação no Diário Oficial da União, prevista para hoje, a universidade pode vir a se pronunciar em relação ao assunto no dia de hoje.
Do portal Stylo

NAV de Araguaína retoma atendimentos em agosto

A partir da segunda semana de agosto, os cerca de 150 presos da Prisão Provisória de Araguaína, no Tocantins, poderão contar com assessoria jurídica gratuita prestada pelo Núcleo de Advocacia Voluntária (NAV). O projeto, implantado no estado em junho deste ano com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vai retomar as atividades após o término do período de férias das universidades. O núcleo funciona com a colaboração de estudantes de Direito que prestam assessoria jurídica gratuita aos presos que não têm condições financeiras de arcar com um advogado. Em Araguaína, cerca de 80 alunos do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC) colaboram com as atividades.

O NAV de Araguaína foi o terceiro implantado pelo CNJ no Brasil. “Os alunos entenderam o propósito deste projeto e compreenderam que não se pode medir esforços na busca pela produção de Justiça”, destacou a professora Maria José Rodrigues, coordenadora do projeto em Araguaína. Inaugurado no dia 22 de junho, um pouco antes do recesso escolar, o NAV –TO já conseguiu dar andamento aos processos de três detentos e dois adolescentes em conflito com a Lei que cumprem medidas socioeducativas e de internação. Entre os adultos atendidos, dois deles obtiveram liberdade, pois já tinham direito ao benefício de acordo com o que prevê a Lei de Execuções Penais. A partir do segundo semestre deste ano, o objetivo, segundo a professora Maria José, é de que o núcleo consiga atender de cinco a 10 presos por semana.

A equipe pretende priorizar os processos, cujo trâmite está parado, ou com prazos atrasados. Além de prestar assessoria jurídica, o NAV também faz o intermédio com as universidades no intuito de promover a ressocialização dos presos. “Estamos tentando conseguir uma bolsa de estudos para um detento que foi aprovado no vestibular para o curso de direito”, explicou a coordenadora do núcleo. O detento cumpre pena no presídio Barra do Grota, que abriga cerca de 400 pessoas e também será atendido pelo NAV. Ele concluiu o 2º grau dentro do presídio e começará a freqüentar a universidade a partir do próximo dia 3, quando começa o semestre letivo. Além do Tocantins, atualmente, Núcleos de Advocacia Voluntária já funcionam no Maranhão e no Piauí. A partir do próximo mês, o projeto também vai atender detentos do Amazonas. (Da Agência CNJ de Notícias )

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Araguaina realiza Pre - conferencia de Assistencia Social

acontecerá nos dias 21 e 22 deste mês a pre- conferencia municipal de assistencia social, o evento discutirá, as garantias de direitos socias, focado na gestão publica municipal principal executor das ações de proteção social basica e especial, o evento acontecerá nos cras e creas do municipio, um dos grandes avanços, desta conferencia é fazer a discussão da realidade do municipio, pois a maioria das conferências realizadas tem focado a politica nacional e muitas vezes tem deixado de lado a responsabilidade do gestor municipal que é o principal executor das politicas publicas.

Congresso da UNE elege novo presidente

O 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) elegeu neste domingo (19) seu novo presidente, Augusto Nunes, e uma nova diretoria. A chapa vencedora foi a "Avançar nas Mudanças".A eleição da nova diretoria foi o desfecho do 51º Congresso, aberto na última quinta-feira (16) com a presença do Presidente Lula.

Um dos principais objetivos da nova diretoria será a mobilização em torno da aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei 5.175, de 2009, que institui um marco regulatório para a educação superior.

Essa proposta foi apresentada em maio pela UNE e prevê, entre outros pontos, a implementação de um auxílio estudantil de cerca de 3/5 do salário mínimo para todos os estudantes carentes, de universidades públicas e privadas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Araguaína sedia o Encontro Nacional de Jovens Orionitas ENAJO

De 17 a 19 de julho acontecerá em Araguaína, o ENAJO, o encontro tem por tema, a caridade orionita incendeia nosso peito, durante estes dias jovens das obras orionitas de todo o Brasil, se reunirão em Araguaína para trocarem experiencias e conhecerem as obras de dom orione na cidade mais orionita do Brasil.

Secretário da Juventude terá de devolver R$ 514,9 mil por shows pagos e não

realizados no interior 16/07/09 08h34 O Tribunal de Contas do Estado, por meio de um despacho do conselheiro José Jamil Fernandes Martins, determinou que o secretário estadual da Juventude, Ricardo Ayres, devolva solidariamente R$ 514,9 mil aos cofres públicos ou justifique o pagamento de três shows que não foram realizados em três cidades do interior. A confirmação do pagamento, mas a não realização dos shows foi feita por gestores públicos e moradores em entrevistas ao CT (clique aqui e confira tudo sobre as denúncias).

Além do secretário, foram intimados a devolver o dinheiro ou se defender o subsecretário da Juventude, Élsio Ferdinando de Castro Paranaguá e Lago, Ivaci Rodrigues de Sousa, coordenador de Administração e Finanças, e Melissa do Carmo Canttini, chefe do núcleo de Controle Interno.

O despacho refere-se a shows com a Banda Fruta Mel, contratados para as cidades de Novo Jardim, São Salvador e Lagoa do Tocantins, todos no valor de R$ 171.634.

Uma auditoria feita em 2006 apontou diversas irregularidades. A principal delas é constatada nas declarações dos gestores públicos das três cidades.

Representantes legais do Executivo e Legislativo e da Polícia Militar declararam oficialmente ao TCE que os shows não foram realizados.

Entretanto, relatórios emitidos pelo SIAFEM demonstram o pagamento das apresentações em 24 de fevereiro de 2006.

Todos os citados têm 15 dias para devolver o dinheiro ou se manifestar junto ao TCE. (Da assessoria de imprensa do TCE com Portal Cleber Toledo)

Raul Filho cumpre agenda na região do Bico do Papagaio

Em visita ao município de Araguatins, o prefeito de Palmas, o petista Raul Filho, participa no sábado, 18, as 9 horas, no salão paroquial de uma reunião com lideranças de seu partido e do município.

O ato organizado pelo membro do Diretório Estadual, Freitas do PT, chefe da unidade do INCRA em Araguatins, contará com a presença do Presidente Estadual do PT, Donizeti Nogueira.

Donizeti e Raul cumprem agenda de visitas e reuniões a lideranças políticas da região do Bico do Papagaio.

Fonte: Assessoria de Imprensa PT

Lula garante verba para realização da Conferência Nacional de Comunicação

Depois de um impasse que quase ameaçou a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o governo federal manterá todo o cronograma do encontro, marcado para os dias 1º, 2 e 3 de dezembro. O anúncio — feito pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, após conversa com o presidente na terça-feira — é um ótimo estímulo à luta pela democratização da mídia.

De acordo com Hélio Costa, o governo repassará ao Ministério das Comunicações (Minicom) R$ 8,2 milhões — equivalente ao orçamento da Confecom, que fora alvo de contingenciamento. A pasta deverá receber essa verba nos próximos dias. Dessa forma, segundo o ministro, o problema de falta de recursos para a realização da conferência — depois do corte de mais de R$ 6 milhões no orçamento — está resolvido.

Para tratar dos encaminhamentos da Confecom, Costa se reuniu com os também ministros Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República. A conversa tratou sobretudo da elaboração do regimento interno da conferência.

“Acabamos de acertar o entendimento do regimento interno e podemos voltar com as atividades”, disse Costa. Segundo ele, o grupo responsável pela elaboração do documento retomará o trabalho a partir da próxima terça-feira (21), para que seja apresentado, analisado e aprovado o quanto antes.

O ministro afirmou ainda que a redação final para da proposta da telefonia rural para a faixa de 450 MHz já foi analisada e que a portaria pode sair a qualquer momento. “É prioridade do governo implementar a banda larga rural o mais rápido possível para que beneficie a quem realmente precisa”, afirmou.www.informes.org.br

Expulsão do Deputado Manoel Queiroz

O Deputado fez varia criticas nos ultimos dias sobre a fidelidade partidaria, mas o TSE, decidiu por base em um estudo que indicava que os deputados eleitos eram na sua maioria por força da legenda, dai o entendimento que o mandato é do partido e não do candidato, entretanto o deputado vem seguidamente desrespeitando as decisões do partido, e por conta disto foi levado ao conselho de etica do PT, que recomendou a sua cassassão, o proximo passo foi pedir ao TRE, o mandato que deverá ser assumido pela primeira suplente Amalia Santana Vereadora em Colinas.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tendencia CNB realiza Seminário regional em Araguaina

A tendencia majoritaria do PT no Tocantins, construindo um novo Brasil realizará amanhã 11/07/09 um seminário em Araguina, sobre o processo de eleições diretas do PT o PED, o seminário acontecera na sede do SINTET, será discutido também no encontro a conjuntura politica no estado. o encontro é para os filiados que fazem parte da CNB.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lula recebe prêmio por busca da paz e enfatiza conquistas do povo brasileiro

O presidente Lula recebeu na terça-feira (7), em Paris, na sede da Unesco, o prêmio Félix Houphouët-Boigny pela Busca da Paz, já recebido por Nelson Mandela e Jimmy Carter, entre outros, por suas ações pela democracia e a justiça social.

“Em todos esses momentos, sem perder a combatividade, nunca renunciei à busca do entendimento, à construção de consensos e ao fortalecimento da democracia.
Recebo este prêmio não tanto como uma homenagem à minha história pessoal, sindical e política, e mais como um reconhecimento das conquistas recentes do povo brasileiro” agradeceu Lula.
O prêmio Félix Houphouët-Boigny pela Busca da Paz foi oferecido a Lula por suas ações de promoção da democracia, igualdade e justiça social no Brasil.

Durante a cerimônia de premiação, ativistas do Greenpeace fizeram uma manifestação em defesa da Amazônia, portando faixas que pediam a Lula que tomasse conta da floresta. O presidente deu apoio à manifestação pacífica do grupo.

“O alerta desses jovens é um alerta que vale para todos nós, porque a Amazônia tem que ser realmente preservada.A Amazônia tem que ser cuidada com muito carinho”, enfatizou o presidente.
Em encontro com Lula, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que os dois países vão chegar na reunião do G-8, que começa hoje (8) na Itália, defendendo a idéia de que o combate aos efeitos da mudança no clima se torne uma obrigação para todos os países.

domingo, 5 de julho de 2009

Mundo: OEA decide suspender Honduras após golpe de Estado Pela segunda vez na

história, a Organização dos Estados Americanos decidiu afastar um país do órgão. Após reunião em Washington, a maior entidade diplomática das Américas anunciou a suspensão de Honduras, devido ao golpe de Estado que derrubou o presidente Manuel Zelaya.

A decisão foi unânime. Os representantes dos 33 países-membros da OEA votaram a favor da suspensão de Honduras -- antes 34º integrante do órgão.

Antes da votação, o Secretário Geral da OEA, José Miguel Insulza, já havia adiantado que Honduras deveria ser suspensa do órgão.

Insulza afirmou que o novo governo e a Corte Suprema de Honduras não têm nenhuma disposição para modificar a conduta em prol da restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya, e restaurar a democracia e o estado de direito. E que portanto não há alternativa para o caso, que não a suspensão de Honduras.

Zelaya foi deposto há uma semana, após tentar realizar um referendo para permitir a reeleição presidencial.

O país da América Central é o terceiro mais pobre do continente -- atrás apenas de Haiti e Nicarágua. E a suspensão da OEA tem como principal efeito a complicação para o acesso a créditos cedidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Esta é apenas a segunda vez que a OEA decide afastar um de seus integrantes. Em 1962, Cuba, de Fidel Castro, foi excluída do órgão. E permanece fora até hoje.
da band

sábado, 4 de julho de 2009

PT de Araguaina realiza encontro

PT de araguaína realiza encontro do diretório ampliado para discutir processo de eleições diretas PED, cassação do Governador, e eleções 2010, o encontro ocorrerá, na sede do SINTET, apartir das 18:00 hs. estão convidados a participar filiados e simpatizantes.

Honduras deverá ser expulsa da OEA

De acordo com o secretário geral da entidade, não ha vontade politica por parte dos golpistas em devolver o governo a Manoel Zelaya, e o caminho deverá ser mesmo pela expulsão do pais da organização, hoje será realizada uma reunião de emergencia para decidir a questão, para além da decisão de excluir honduras a entidade pode ainda aplicar sanções econômicas e militares a ultima menos provavél, Zelaia anunciou que neste domingo retorna ao Pais acompanhado de outros chefes de estado da America Latina.