quarta-feira, 17 de junho de 2009

Paulo Bernardo defende papel do Estado durante a crise financeira

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (17), na abertura de seminário sobre o papel das estatais na economia, que nos momentos difíceis de diminuição de receita orçamentária é cada vez mais importante investir em gestão e reforçar os instrumentos que permita ao Estado “fazer mais com menos recursos, sem afetar a prestação de serviços ao cidadão brasileiro”.

Segundo Bernardo, já houve uma redução de R$ 63 bilhões nas estimativas de arrecadação do governo para 2009 e portanto, este é o momento de fazer a reflexão sobre o papel do Estado na economia e as medidas que podem ser tomadas para ajudar o crescimento. Falou que as medidas tomadas nos EUA e na Europa de combate à crise aumentou a presença do Estado na economia em todo o mundo e acrescentou: “nosso papel como governo federal é trabalhar para mitigar os efeitos da crise para que ela seja o mais curta possível no Brasil”.

O ministro do Planejamento disse acreditar que os EUA sairão mais rápido que a Europa da crise que tem estrutura econômica mais rígida. Bernardo disse acreditar que “o Brasil vai sair mais forte desta crise e melhorar as condições comparativas de seu parque industrial”.

Murilo Barella, Diretor do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais – DEST, que promove o Seminário de discussões foi na mesma linha e destacou que “importante sempre pensar sobre o tamanho do Estado que queremos que não deve ser nem o Estado mínimo nem muito pesado. Tem que estar no ponto certo e achar este ponto certo é o desafio”, afirmou.

Bernardo ressaltou que foi o consumo das famílias reforçado pelos programas sociais do governo que não permitiram uma queda maior do PIB no segundo trimestre que, ao contrário de todas as previsões dos vários analistas, reduziu 0,8%. “Percebemos a dimensão econômica dos programas sociais”, disse Bernardo.

Acrescentou que o governo agiu rápido ao usar instrumentos para o retorno do crédito para empresas que praticamente secou com a crise, destacando o papel do BNDES no restabelecimento dos investimentos produtivos no Brasil. Mesmo assim, salientou, houve queda forte dos investimentos no primeiro semestre de 2009, principalmente do setor privado, depois de ter atingido 14% do PIB em 2008, maior taxa já registrada.


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