terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Lula diz que só tem mais 24 meses para trabalhar em programas sociais

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil







São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (23), em São Paulo, que o seu governo tem apenas mais dois anos para pôr planos da área social em prática. “Nós só temos 24 meses para fazer o que começamos. Já sabemos os problemas e onde trava. Agora, podemos resolver”, disse Lula, durante encontro com moradores de rua e catadores de materiais recicláveis, na capital paulista.

Lula criticou a burocracia no Brasil, e afirmou que, em janeiro, fará uma reunião com os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) para avaliar os projetos nas áreas sociais.

“Quero estar presente com agentes do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], e também com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para saber porque os planos de moradia com os terrenos da União não aconteceram”, afirmou Lula.

Lula comentou que, todo ano, recebe uma pauta de reivindicações dos moradores de rua, e que, no próximo ano, ele próprio fará uma reivindicação para os prefeitos, em uma reunião marcada para o dia 10 de fevereiro. “Vou querer saber porque estão jogando água e desrespeitando o ser humano apenas porque ele é pobre”, afirmou, após ouvir moradores de rua dizerem que são acordados no meio da noite com água gelada.

O presidente também rebateu as críticas de que a crise financeira mundial já está instalada na economia brasileira. "Vamos surpreeender aqueles que não acreditam no Brasil. Aqueles que torcem que o país caia em desgraça têm mais chances de cair em desgraça", disse.

Segundo o presidente, seus críticos "estão fazendo uma polítca de pânico na sociedade". "Eles dizem: 'está vendo, o Lula não podia dar certo'. Pela lógica, a crise só chegaria aqui por conta da queda das exportações para os países ricos. Mas diversificamos os mercados e exportamos para o Oriente Médio, a Ásia, África e América Latina."

O presidente Lula afirmou ainda que os maiores impactos da crise serão percebidos nos países que exportam muito para os Estados Unidos. Segundo ele, o Brasil exporta US$ 30 bilhões ao ano para a Argentina. "É no momento de adversidade que devemos ter coragem. Vamos sair da crise melhor do que entramos", garantiu.


Lula criticou os empresários que estão demitindo funcionários: "Esses empresários são precipitados e estão descarregando nas costas dos trabalhadores

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