segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Lula: Governo vai trabalhar para país crescer 4% em 2009

O governo vai trabalhar para que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4% em 2009, disse nesta segunda-feira (22), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso para empresários europeus e brasileiros, durante o Seminário Empresarial Parcerias Brasil-União Européia: Desafios e Oportunidades para os Próximos Anos.
Ele voltou a cobrar regras que limitem a especulação no sistema financeiro mundial e reafirmou que o Brasil está preparado para enfrentar a crise. "O país não vai entrar em recessão e vai continuar crescendo. Certamente, não crescerá os 6% ou 7% que gostaria que crescesse, mas poderá crescer 4% e vamos trabalhar por isso", disse Lula.

"Apesar de gente dizer que o Brasil vai crescer 2,8% ou 3%, quero que os empresários saibam que no governo e na equipe econômica vamos trabalhar com a perspectiva de 4%. Não haverá um único projeto do governo que será paralisado por conta da crise", acrescentou.

Lula defendeu uma ampla reforma do sistema financeiro internacional para evitar que novas crises ocorram e disse que os atuais problemas econômicos são resultado de uma "especulação financeira desavergonhada".

"Precisamos reforçar os mecanismos de controle, a transparência e representatividade de decisões que afetam toda a humanidade. Muitos não podem continuar pagando pela irresponsabilidade de poucos".

De acordo com o presidente, a resposta do país à crise tem sido "apostar no investimento, na expansão do consumo, na defesa dos empregos e no apoio às indústrias".

De improviso, voltou a afirmar que continua otimista e que apenas com a manutenção do consumo o país poderá reverter os efeitos negativos da crise econômica. "Sou o maior estimulador da retomada do crescimento. Vou para a televisão todo dia pedir para comprar, exportar e importar porque isso é que roda a roda da economia".

Participam também do seminário os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. O encontro busca estimular o intercâmbio comercial entre os dois países.

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