sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Universidades federais vão oferecer quase o dobro de vagas em vestibulares até 2012
As 53 universidades federais brasileiras vão quase duplicar o número de vagas em vestibulares até 2012. O crescimento será de 72%, pulando das atuais 133 mil para 229 mil vagas.

A ampliação faz parte de um programa do Ministério da Educação (MEC) que passou a destinar recursos conforme o plano de crescimento de cada instituição. Há universidades que planejam mais de 300% de aumento em cinco anos.

Se forem destacados só cursos noturnos, a ampliação do sistema será ainda maior, de 145%. Entre 2000 e 2006, esse índice tinha sido de 19%. A Federal da Bahia (UFBA), por exemplo, aumentará em 3.200% - hoje são 80 vagas à noite, em 2012 serão 2.695. No Estado de São Paulo, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a de São Carlos (UFSCar) pelo menos duplicarão o total que oferecem hoje no período.

O crescimento do noturno é uma das metas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do MEC, lançado no ano passado. O plano - cuja adesão é voluntária - exige ainda que as instituições busquem uma proporção de 18 alunos para cada professor e uma evasão máxima de 10%.

A previsão é que as instituições recebam R$ 2 bilhões até 2012 e outras verbas para investimentos, sempre conforme os projetos apresentados.

“A idéia é expandir o sistema”, diz o secretário de Ensino Superior do MEC, Ronaldo Mota. Segundo ele, 52 das 53 já tiveram seus projetos de ampliação aprovados e receberam o primeiro repasse de R$ 250 milhões. Boa parte dos maiores crescimentos ocorrerá em instituições recém-criadas pelo governo Lula, como a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Hoje, ela não tem nenhuma vaga noturna; em 2012, serão 980.

“Nunca houve incentivo para cursos à noite”, justifica o pró-reitor de Graduação da UFBA, Maerbal Marinho, quando questionado sobre o surpreendente crescimento da instituição. A universidade receberá R$ 85 milhões do governo em cinco anos e vai contratar cerca de 580 professores e 400 funcionários.Entre as áreas em que haverá novas vagas estão Engenharias, Direito, Administração e Licenciatura, outro foco do programa do MEC.

Na Universidade Federal do Pará (UFPA), que aumentará suas vagas das atuais 5.277 para 8.625, serão R$ 248 milhões para criação de cursos de Biotecnologia, Museologia e Saúde Coletiva. “A maior ampliação será nos câmpus do interior”, diz a vice-reitora, Regina Feio Barroso.A instituição tem unidades, além de Belém, em nove cidades - como Santarém, Altamira e Marabá.

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