sábado, 12 de janeiro de 2008

INTERNACIONAL

Bush fala em redução de tropas no Iraque, mas não diz quando

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse hoje que a retirada de tropas americanas do Iraque avança conforme a redução da violência no país, enquanto o chefe das forças dos EUA em território iraquiano, general David Petraeus, não descartou diminuir o número de militares.
Após um encontro com Petraeus e com o embaixador americano em Bagdá, Ryan Crocker, o presidente dos Estados Unidos disse que a recomendação do general sobre o número de forças americanas a ser mantido no Iraque vai depender unicamente das condições no local.
"Se ele não desejar continuar com a redução (de tropas), não vejo problemas, desde que tenhamos êxito no Iraque", ressaltou Bush.
Já Petraeus admitiu que há a possibilidade de uma redução significativa, mas ressaltou que ainda não decidiu sobre o assunto.
O general deverá informar ao Congresso dos EUA em março sobre seus planos para o futuro das forças.
O presidente americano ressaltou que a retirada dos soldados caminha segundo o previsto, em pronunciamento feito no Centro de Comando da base de Arifjan para 3 mil soldados.
Em setembro de 2007, Bush anunciou que retiraria 30 mil soldados até julho, deixando 130 mil militares americanos em solo iraquiano, aproximadamente o mesmo número de um ano atrás.
Os democratas exigiram uma saída mais rápida das forças e o tema ocupa uma posição de destaque na campanha eleitoral.
O chefe de Estado americano falou por apenas sete minutos, apesar da longa espera dos militares, que se protegiam do frio incomum no deserto.
O presidente repetiu que os EUA estão focados na luta contra o mal. "Nós enfrentamos assassinos sanguinários, que matam inocentes para atingir um futuro baseado no ódio."
No entanto, os soldados se mostraram menos entusiasmados com Bush do que com as canções do grupo Queen que tocavam nos alto-falantes antes de sua chegada, que eram entoadas com fervor.
"Queria ter ouvido mais detalhes sobre seus planos para as operações no Iraque", disse um militar, que não quis ser identificado.

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