sábado, 28 de março de 2009

Centrais e movimentos reforçam convocação para ato contra a crise

Dirigentes nacionais das centrais sindicais e dos movimentos populares voltaram a se reunir nesta sexta-feira (27) em São Paulo para definir os últimos preparativos para o ato unificado contra a crise e as demissões, convocado para a próxima segunda-feira (30). No encontro, realizado na sede da Força Sindical, as entidades destacaram a receptividade da convocatória, que sublinha a necessidade da redução dos juros para fortalecer os investimentos públicos e impulsionar o desenvolvimento do mercado interno, com geração de emprego e renda.

"Está claro que o modelo de Estado mínimo, de privatização e desregulação de mercados ditado pela globalização neoliberal faliu. Agora, os responsáveis pela crise, os que lucraram com a especulação, querem que o Estado os socorra, buscam dinheiro público para seus bancos e empresas. Nossa manifestação unitária aponta para alternativas a essa lógica excludente. Temos uma pauta imensa contra a crise, mas que se resume na palavra de ordem: defesa do emprego e redução dos juros", sintetizou Antonio Carlos Spis, membro da executiva nacional da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais.

De acordo com o secretário geral da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, "o retrato do tamanho da crise pode ser visto pela amplitude de movimentos que convocam o dia 30, com um compromisso comum com a realização de uma grande mobilização pelo desenvolvimento". No caso de São Paulo, sublinhou Adi, "além de irmos à frente do Banco Central protestar contra os juros altos, vamos chamara a atenção do governo do Estado, que pouco tem feito contra a crise, enquanto o consumo se reduz, diminuindo o emprego e aumentando a violência. Esse ciclo vicioso precisa ser interrompido e, para isso, é preciso debater o modelo que queremos para o Estado".

Representando a direção nacional do MST, João Paulo Rodrigues manifestou-se "animado com a disposição das entidades de batalharem pela construção de um novo projeto e de continuar em estado de luta para que os trabalhadores do campo e da cidade não paguem a conta da crise". João Paulo defendeu uma campanha nacional pela reestatização da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), lembrando que a empresa privatizada, turbinada com recursos públicos do BNDES, mandou embora recentemente 4.270 trabalhadores.


CUT

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