O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste sábado o estabelecimento de um fundo de US$ 100 milhões para o microfinanciamento na América Latina, que terá como objetivo facilitar o fluxo de créditos. Obama está em Trinidad e Tobago, participando da Cúpula das Américas, onde disse nesta sexta-feira que pretende manter "uma aliança de iguais" com a América Latina.
Em comunicado, a Casa Branca disse que o Fundo para o Crescimento com Microfinanciamento para o Hemisfério Ocidental visará a fornecer fontes estáveis de financiamento a médio e longo prazos a entidades dedicadas aos pequenos empréstimos, para ajudar a aumentar a capacidade de concessão de crédito.
Outro objetivo será aumentar as fontes de financiamento para as micro e pequenas empresas enquanto elas não conseguem se recuperar economicamente.
Um relatório recente mostrou que 565 instituições de microcrédito na região fornecem US$ 9 bilhões em empréstimos a cerca de 9 milhões de microempresas. Mas os emprestadores enfrentam uma potencial escassez de fundos de cerca de US$ 750 milhões neste ano, informou o comunicado.
Micro e pequenas empresas são responsáveis pela maior parte dos empregos no hemisfério, tornando fundamental assegurar que o crédito esteja disponível para pequenos credores, disse a Casa Branca.
O novo organismo terá participação do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporação Interamericana de Investimentos, entre outras entidades.
O Fundo de Investimentos do BID desempenhará o papel principal na formação do novo organismo, informou a Casa Branca. Apesar de o fundo dispor de US$ 100 milhões inicialmente, o objetivo é arrecadar US$ 250 milhões. Para isso, as entidades constituintes pedem que outras organizações do setor público e privado participem do fundo.
Aproximação com a AL
A criação do fundo foi anunciada em meio a gestos simbólicos de aproximação com a América Latina durante a cúpula --como os cumprimentos trocados com o presidente venezuelano Hugo Chávez e a abertura para o diálogo com Cuba.
Obama, no entanto, pediu aos líderes latino-americanos que resistissem à tentação de culpar os EUA por todos os seus problemas.
"Eu tenho muito a aprender e eu tenho procurado muito ouvir e encontrar uma forma para que possamos trabalhar juntos de modo mais afetivo", disse o presidente americano.
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