quinta-feira, 9 de abril de 2009

Subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo passa a ser permanente

A subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo do Senado Federal passa a funcionar de forma permanente no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), de acordo com requerimento aprovado nesta quarta-feira (8) pela comissão. A iniciativa partiu do vice-presidente da comissão, senador José Nery (PSOL-PA), que presidiu a subcomissão.

A existência de uma comissão permanente que aborde o trabalho escravo se faz necessária, enfatizou José Nery, porque a prática ainda existe no Brasil. Ele informou que nos últimos 13 anos de fiscalização do Ministério do Trabalho, em todas as regiões do país, já foram libertados aproximadamente 43 mil trabalhadores em condições análogas a de escravo.

A comissão permanente vai continuar com o trabalho de acompanhar, monitorar e fiscalizar as questões relativas ao problema, da mesma forma que acontecia quando o colegiado trabalhava na condição de subcomissão temporária.

O senador Paulo Paim (PT-RS), afirma que a subcomissão foi um instrumento de "vanguarda" no Congresso Nacional, que colocou o tema em debate nacional. Ele lamentou que a existência da prática da utilização de mão de obra escrava ainda seja verificada e que o Parlamento precise abordar o assunto.

“Criar a subcomissão temporária é o sonho de hoje. O sonho de amanhã é estar numa reunião para dizer que está extinta a Subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo por não existir mais essa prática”,disse Paim.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) criticou o fato de brasileiros em idade avançada, que ainda não se aposentaram e trabalham no campo ou na construção civil serem obrigados a carregar sacos de 50 quilos ou mais em suas atividades cotidianas. Para o senador, submeter esses trabalhadores a condições exaustivas configura também um tipo de escravidão.



Agência Senado

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