sexta-feira, 14 de novembro de 2008

PT quer juntar João Ribeiro, Raul Filho e Paulo Sidnei em 2010;

14/11/08 14h29 Wákila Mesquita
Da Redação

Foto: Aline Sêne

O presidente regional do PT, Donizeti Nogueira, avaliou nesta sexta-feira, 14, - para o Portal CT – a conjuntura política do Estado após as eleições de outubro. A executiva estadual de sua legenda está reunida em Palmas discutindo o pós-urnas. O ponto central da avaliação de Nogueira é a aliança que o PT quer costurar para juntar em um mesmo grupo em 2010: o prefeito reeleito de Palmas, Raul Filho (PT); o senador utista João Ribeiro (PR); e o vice-governador, Paulo Sidnei (PPS).

Além dessas três forças, Nogueira quer parceria, também, com o PMDB que caminhou com Raul em Palmas e com o PT no interior do Estado. Na visão do presidente do Partido dos Trabalhadores, a eleição de 2008 foi uma espécie de seqüência do que ocorreu em 2006 e serviu para distribuir o poder no Tocantins.

Essa distribuição do poder, continua, criou quatro forças: o ex-governador Siqueira Campos (PSDB); o governador Marcelo Miranda (PMDB), que fica com a senadoa Kátia Abreu (DEM); o senador João Ribeiro (PR); e o prefeito Raul Filho (PT), que traz consigo o PT. Essa conjuntura seria o resultado das urnas de 2006 e 2008.

João Ribeiro e Siqueira Campos
Ao ser questionado sobre a situação do senador João Ribeiro junto a União do Tocantins (UT), se o parlamentar poderia se afastar da UT. Nogueira deu uma resposta indireta comparando a força de Ribeiro a de Siqueira.

O petista disse que não acredita que João Ribeiro se afaste da UT, e completou, “ele é o líder do grupo”. Em seguida emendou: “se o PSDB vai se afastar...”. O PSDB é, hoje, o partido de Siqueira e o PT espera que o senador venha com a UT, liderada por ele. Nessa avaliação de Nogueira, quem deixaria a UT não seria o senador, e sim Siqueira Campos.

Marcelo e Kátia
Para o presidente do PT, a administração de Marcelo Miranda é “meramente transitória da hegemonia siqueirista”. Nogueira parece ter certeza de que o PT vai mesmo para o enfretamento com Marcelo em 2010. Ele disse que seu partido vai conversar com o PMDB e cita o prefeito de Palmas, em exercício, Derval de Paiva, e o presidente metropolitano do PMDB, deputado estadual Eli Borges, como fontes de diálogo.

Além desse PMDB, com o qual o partido de Lula quer conversar, e que Nogueira chama de histórico e lembra sua proximidade com o PT, existiria outro PMDB. Essa segunda legenda estaria “encastelada no Palácio Araguaia” e trabalha contra o PT. Este PMDB, segue o petista, priorizou candidaturas do DEM, em detrimento de seus próprios candidatos.

O governador Marcelo Miranda estaria com seu destino selado. Para Nogueira, o projeto político eleitoral do chefe do executivo está “umbilicalmente ligado á senadora Kátia Abreu”. Ele fala também da possibilidade de Marcelo não estar no PMDB nas disputas futuras. Colocando um “em estando” o governador no partido atual.

Raul Filho e candidatura própria
O que o PT quer mesmo é o Palácio Araguaia, e para isso, segundo seu presidente, o partido vai trabalhar a candidatura própria. O nome do candidato seria o prefeito Raul Filho (PT). Nogueira afirmou que o partido não vai entrar em uma disputa sozinho e que objetiva priorizar as alianças. Entretanto, se o partido conseguir ter candidato, o nome que hoje se apresenta é o de Raul.

Paulo Sidnei
O vice-governador Paulo Sidnei é o terceiro nome dessa espécie de triunvirato que o PT quer montar com João Ribeiro, Raul e o vice atual. Nogueira não entra em detalhes, mas se o governador Marcelo Miranda for para a disputa do senado em 2010, Sidnei estaria no comando do governo. Pode ser o nome do triunvirato para continuar no Palácio.

Outro ponto que o presidente do PT também não falou, mas que se apresenta é que, se Sidnei deixar o cargo para também tentar o senado e – todos os planos e sonhos do PT se concretizarem – Raul ou João Ribeiro tentar a disputa pelo governo, o presidente da Assembléia Legislativa, Carlos Henrique Gaguim, do PMDB, ficaria no Palácio.

O problema de qualquer plano que envolva a base do presidente Lula, e seu PT no Tocantins, com Paulo Sidnei está no PPS. A sigla onde Sidnei se abriga hoje é, nacionalmente, aliada do DEM e do PSDB.

O presidente do PT, avalia que, caso a verticalização se mantenha, o PPS poderia não fechar uma aliança nacional, o que deixaria o partido livre para alianças locais no Estados.

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