quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Vestibular da UFT é alvo de denúncias 19/11/08 08h47

Da Redação

O Jornal do Tocantins divulgou nesta quarta-feira, 19, que o vestibular 2009 da Universidade Federal do Tocantins (UFT) está sendo alvo de questionamentos e de denúncias por parte de candidatos. Na manhã dessa terça-feira, 18, cinco desses concorrentes às vagas do certame, realizado nesse domingo,9, protocolaram denúncia, no Ministério Público Federal (MPF).

Entre as denúncias, duas são de alunos de Palmas. Essas estão relacionadas ao uso de aparelhos eletrônicos durante a prova. As outras três têm como autores candidatos de Porto Nacional, que se queixam do suposto tumulto gerado pela falta de energia elétrica no dia da prova, período da tarde, no campus da cidade. Outra questão também está sendo questionada.

Apesar de ainda não ter protocolado denúncia no MPF, João (nome fictício) informou ao JTo que duas semanas antes da prova teve acesso ao tema da redação.De acordo com João, uma amiga sua, antes da realização das provas, havia pedido para que ele fizesse uma redação com o tema O homem e o tempo, justamente o do vestibular da UFT.

Ao questionar o porquê desse tema, ele conta que a amiga teria informado que sua cunhada iria fazer o vestibular e teria tido acesso ao tema por meio de fontes seguras. “Fiz a redação para ajuda-la. Não tive coragem de negar o pedido a uma amiga e imaginei que essa história não seria verdadeira”. Ao saber do tema, na segunda-feira, ele diz que se espantou. “Minhas pernas ficaram bambas. Isso é uma injustiça e compromete a credibilidade da universidade”. João informou que irá procurar os órgão competentes e fazer a denúncia.

Fraude
O candidato a uma vaga ao curso de Comunicação Social, Getúlio Barros de Melo, 22 anos, realizou a prova no Colégio Objetivo, em Palmas, e garante ter ocorrido fraude na sala onde fez a prova. “Foi fraude. É visível, todo mundo tem prova. A própria comissão nos orientou a virmos no Ministério Público. Um candidato foi favorecido. Ele saiu da prova, as pessoas que estavam responsáveis pela sala já tinham falado que ele tinha sido eliminado e depois ele voltou e fez a prova”.

Já a candidata ao curso de Direito Alessandria de Souza Silva, 29 anos, que fez a prova em Porto Nacional, diz que protocolou a ação por se sentir lesada e prejudicada pelo tumulto que antecedeu a prova. “A Copese informou que não seria possível aplicar a prova por causa da falta de energia”, disse. “Às 5 horas a energia voltou. Nisso estava um caos. Gente passando mal, pessoas usando celulares, pessoas gritando no corredor, não tinha ninguém nas salas e os fiscais não conseguiam mais controlar. Eu fui ao banheiro e não usaram detectores. Tinham pessoas que chegavam na sala falando que já tinham o tema de redação”, completa.

MPF
A respeito das denúncias apresentadas por candidatos de Comunicação Social, o Ministério Público Federal (MPF) esclarece que, além das denúncias recebidas ontem, mais duas foram protocoladas referentes ao mesmo vestibular, uma através da denúncia on line e outraatravés do protocolo da Procuradoria da República.

Sobre as alegações, o MPF informa que irá determinar a investigação dos fatos ocorridos durante a aplicação das provas, de modo a averiguar possíveis arbitrariedades por parte dos fiscais de prova ou violação do princípio da isonomia, por parte dos candidatos. Se necessário, podem ser chamados a depor os candidatos que participaram da prova, mesmo os que não estiveram envolvidos na circunstância em questão, a título de testemunho.

UFT
De acordo com a presidente da Comissão Permanente de Seleção (Copese), Maria Dilma Lima, as decisões relacionadas aos problemas causados pela falta de energia em Porto Nacional foram tomados no dia. “A gente tem que garantir a lisura e o sigilo do processo. Todos os ficaram retidos na instituição. Eles não poderiam sair da sala, só saiam da sala de dupla e acompanhados de um fiscal”. Ainda de acordo com a presidente, toda a assistência foi dada aos candidatos. Eles receberam atendimento médico, alimentação, água e transporte para aqueles que não residiam em Porto Nacional e moravam nas cidades próximas. “Depois de meia hora de ter começado a prova estava tudo tranqüilo.”

Mais de 800 pessoas realizaram prova no campus da UFT em Porto Nacional. A prova, prevista para começar às 15 horas, teve início às 18h05 e foi respeitado o tempo previsto no edital.

Em relação a denúncias de candidatos estarem portando aparelho eletrônico durante a prova, a presidente informou que todos os concorrentes que foram identificados com aparelho foram automaticamente eliminado. Já ao possível vazamento do tema da redação, a Copese garante a segurança do certame de 100%. (Com informalçoes do Jornal do Tocantins)

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